SOB O MITO DA PROTEÇÃO: HISTÓRIA ORAL DA INFÂNCIA NOS PREVENTÓRIOS BRASILEIROS

Resumo

Este artigo apresenta aspectos da história de uma das formas de institucionalização de crianças no Brasil. Entre as décadas de 1920 e 1980, crianças sadias foram separadas de seus pais, acometidos pela antiga lepra, e encaminhadas para os chamados preventórios, sob a égide do discurso da proteção. Tendo com subsídio a pesquisa bibliográfica e de campo, associada ao uso da metodologia de História Oral baseada na técnica de entrevistas de histórias de vida com pessoas que foram isoladas em preventórios, as autoras buscam desmistificar a proteção propagada nestas instituições no país, dando luz ao caráter moralista, de classe, raça e gênero presentes nestes espaços. Conclui que tais instituições foram dotadas de diferentes modelos de disciplina, violência, vigilância e controle, além de práticas eugenistas e higienistas na assistência à infância internada, que contribuíram de modo perverso, para a violação de direitos, o silenciamento e o rompimentos dos vínculos familiares deste público.

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https://orcid.org/ 0000-0003-0888-064X
Publicado
2022-05-11
Como Citar
VILLAÇA LINO, Michelle; DA SILVA SOUZA, Lilian Angélica. SOB O MITO DA PROTEÇÃO: HISTÓRIA ORAL DA INFÂNCIA NOS PREVENTÓRIOS BRASILEIROS. LexCult: revista eletrônica de direito e humanidades, [S.l.], v. 6, n. 2, p. 76-93, maio 2022. ISSN 2594-8261. Disponível em: <http://78338.htcpne.asia/index.php/LexCult/article/view/633>. Acesso em: 01 dez. 2024. doi: https://doi.org/10.30749/2594-8261.v6n2p76-93.
Seção
Dossiê Soc. e Hist. das Infâncias: interlocuções e debates sobre o campo